O recente 25 de Abril
25. Abril. 2006
É simplesmente vergonhoso o conjunto de atitudes levadas a cabo nos últimos dias pelos considerados intelectuais políticos nacionais, aqueles que têm o canudo do conhecimento e se enfrentam a dizer que Portugal é um país pouco produtivo, mas que são os primeiros a cair no “suposto” buraco irresponsável de trabalho numa véspera de feriado. Mas hoje é 25 de Abril, hoje pela primeira vez na nossa história a direita pode “chutar” para fora que com ou sem 25 de Abril a visão era clara e indiferente, onde por palavras simples se chega ao facto de que simbolicamente o 25 de Abril, lhe é apresentado com pouco ou nenhum valor, quebra-se a simbologia onde até pela primeira vez o Presidente da República não usa o cravo. Fala-se de exclusão social e faz-se exclusão histórica e política, muitos se esquecem pois então que independentemente tudo o que foi o 25 de Abril, foi ele que os pôs hoje onde estão, talvez essa tenha sido uma outra lacuna de todo este tempo. Existe também sempre aquele que enfim, algo importante lhe falta… com tudo isto se marca o 25 de Abril de 2006.
Artigo da categoria: Portugal
5 Respostas Comentar
1.
João Matos | 26. Abril. 2006 - 0:31
Se pensares que em espanha houve um simples referndo; que no fim da ditadura de direita quiseram fazer uma de esquerda; na perda economica no primeiro ano pos 25 de abril e de como se da mais importancia a essa data do que por exemplo o 5 de outubro; vais perceber que o 25 de Abril de hoje é uma guerra politica movida por ideologias e não o festejar da Liberdade.
broken link?
2.
Tiago | 26. Abril. 2006 - 2:07
E pensar que o próprio 25 de Abril daria ás pessoas a liberdade para decidir se o comemoram ou não, dão valor ou não ou até se querem recordar o dia. Afinal, caro Cavaco, quem é que está agora a brincar aos ditadores? E pensar que o 25 de Abril também teria servido para quebrar tabus, quando querem fazer da propria data um tabú per se.
Não estou só a falar do AJJ, que apesar de brejeiro e mal educado, na maioria das vezes, não foi hipócrita e não teve medo de dizer a verdade que muitos não têm: o 25 de Abril não teve todas as cores com que o pintam (até porque no fundo foi, acima de tudo, vermelho).
3.
Pedro Cavaco | 26. Abril. 2006 - 7:42
João: sem dúvida que o é…
Tiago: Liberdade todos têm, se não a tivesses não estarias por certo a escrever isto; Quem quer festejar festeja, quem não o quer ninguém obriga, no entanto se eu tivesse a representar o meu país, se tivesse um papel de estado é minha obrigação sim obrigação ter outra postura sobre o acontecimento quer eu goste dele ou não. Ve as coisas neste ponto muitos militares podem até não gostar do actual PR mas devem lhe respeito e autoridade e isso eles não quebram, são funções representativas de governação e isso muda tudo, ficou mal muito mal. Quanto AJJ de hipócrita e mal educado tem tudo, é um daqueles a quem todos têm “medo” de dar uma palmadinha no ombro e dizer “ve la se te acalmas” não só por isto, mas por muita coisa.
4.
Tiago | 26. Abril. 2006 - 7:51
Lá está, porque é que têm que lhe dar uma palmadinha no ombro? Só pq não se faz de carneirinho e obedece aos tabus e preconceitos da politica portuguesa? Não era só nas ditaduras que se queria toda gente a pensar da mesma forma? Democracia é isto. É aceitar os pontos de vista dos outros mesmo quando se os acha estupidos e sem sentido. AJJ não representa Portugal, representa sim o povo madeirense que o elegeu e elege há decadas.
A seguir vais censurar as bancadas da CDU e do BE por não aplaudirem o discurso presidencial no dia da Lib.. err hipocrisia? Não me parece.. É tudo uma questão de pontos de vista.
(Não vamos entrar pela via militar, sabes bem que não é comparavel com o ‘regime’ civil.)
PS: O bicho papão da censura não me assusta. Acho que se perderam liberdades maiores que a liberdade de expressão aquando do 25 de Abril.
5.
Pedro Cavaco | 26. Abril. 2006 - 14:36
Caro Tiago a palmadinha no ombro para o AJJ remete-se somente a uma frase em que “a minha liberdade termina quando eu prejudico a tua”, ele pode contestar o que bem lhe apetecer, mas as coisas têm limites, senão esquece o conceito de liberdade. A via militar foi um exemplo, tal como qualquer outro é comparável quando queremos que seja e deixa de o ser quando não nos convêm que o seja. Falas de censura? A censura começa logo à entrada pela falta de respeito à história demonstrada no dia de ontem, mas sejamos directos, é isso que distingue um profissional… Eu posso não gostar de usar gravata, mas se naquele dia a função que desempenho me pedir isso ou se representar por isso, eu como bom profissional devo faze-lo, e meu caro podíamos ir muito mais além.
Comentar
Algum HTML permitido:
<a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <strike> <strong>
Trackback a este artigo | Subscrever via RSS Feed