DRM – Demência Reconhecida Mundialmente

Quando ouvimos os falar dos prémios Nobel, temos uma oportunidade real para ver a cara de pessoas que realmente são notáveis, pessoas que ainda que sejam fechadas no seu mundo, fazem algo pelo mundo dos outros e isso faz sentido. Mas a natureza não nasceu dual em vão e ao contrário dos laureados existem também aqueles que embora bem presentes no mundo dos outros, só fazem algo pelo seu, é aqui que entra o conceito DRM (Digital Rights Management) que em português significa algo como Gestão de Direitos Digitais. Vão me perdoar a expressão, mas a coisa é tão estúpida e ao mesmo tempo tão concreta que se torna lastimável mas não menos necessário, falar nela. A pirataria digital foi algo que começou antes sequer de o PC ser um bem comum, existiam as VHS com que tanta gente gravou e copiou coisas protegidas por direitos de autor, depois surgiram os CDs que ainda hoje perduram e são caixinhas de ouro roubado ao intelectuais editoriais e portanto desde a mais longa história a pirataria sempre foi um facto e nunca o deixará de ser. A questão nuclear passa agora pelo direito do consumidor, perante algo que pagou para ter na íntegra, falando de uma outra forma a/o DRM é algo que vai limitar aquilo que nós adquirimos, em prol dos direitos de autor. Um exemplo prático vai começar com o leitor Zune da empresa que era inevitável falar, a Microsoft pois claro… Se o João passar um mp3 do seu Zune para o Zune da Maria, a Maria irá ficar sem o mp3 se o ouvir três vezes ou passados três dias, pois o leitor irá tratar de o apagar, mesmo que a Maria tenha o CD original em casa. Bizarro? Bizarro é também ter que registar cada produto que compra sob pena que não usufruir dele na totalidade, bizarro é a fonte a quem compra uma coisa saber para o resto da vida a forma como a vai usar, bizarro é cada um de nós ser considerado um suspeito! Pensem agora nisto tudo como se tivessem comprado um livro, ou uma boneca de trapos, ambos os objectos só podiam ser emprestados 3 vezes ou por 3 dias aos vossos amigos, o livro só mostraria as duas primeiras páginas até que não fosse registado ou a boneca so ganharia braços após ser registada, a editora ou fábrica iria saber sempre o que estavam a fazer como aquilo que compraram e que portanto é vosso por direito. Mais informações aqui, agora pergunto-vos, vão continuar a fingir que não sabem?
2 respostas 9. Outubro. 2006